segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pé na merda. Literalmente.

Não sei como eu consegui convencer minha mãe e minha vó a deixar trazer um cachorrinho aqui pra casa. Como vcs devem saber, minha vó é cega. E essa é a razão. Elas não deixavam, pq minha vó não ia conseguir cuidar realmente do cachorro, digo limpar xixi e cocô. E sempre acharam que eu não cuidaria direito. Pois bem. Elas trouxeram o Woody, e eu estou me virando super bem. Limpo a casa todos os dias, além de limpar as necessidades dele, a cada vez que ele faz o que tem que fazer!

Minha vó é mais chegada no cachorro que eu. Tanto, que eu fiz ESSE post reclamando que eu havia perdido meu cachorro. Ela vivia falando que não queria, mas agora que ele tá em casa, vive com ele no braço, falando fininho com voz de bebê, da banho, dorme com ele, faz carinho e etc. Pior que eu.


Aí estava eu, minha vó, e o Woody em casa. Sussegados. Eu escutando música alta aqui no computador, e de repente ouço alguém me chamando! Como sempre, não ligo pela primeira vez, pra ver se é algo importante, pq se for chama denovo, e na segunda vez, abaixei o som, e atendi:
- Oi.
- Italo, vem aqui ver o que aconteceu!
Eu levantei da cadeira com muita preguiça, olhei o Woody brincando com uma sacola na cozinha, olhei pro quarto da minha vó, e ela tava em posição estranha, com um pé erguido. Olhei pro chão, e lá estava rastros de cocô, que vinham do meio da cozinha. O que minha vó temia, havia acontecido pela primeira vez. Ela pisou num cocô dele. Tentei ajudar, mas minha vó atrapalhada colocou o pé no chão, denovo em cima do cocô. Não aguentei:
- Droga vó, eu tentando ajudar a senhora, e a senhora me pisa denovo no cocô? Tira esse sapato logo, e vai em direção a cama que eu me viro.
Ela, como não gosta que eu grite com ela, ja ficou nervosa, pisou denovo no cocô, sem querer, virou e começou a falar.
- Vc não venha gritar comigo por causa desse cachorro. Vc sabe muito bem que eu nunca quis esse cachorro aqui em casa, e eu sempre avisei que não ia dar certo. Eu não consigo ver o cocô e piso mesmo. Não vai dar certo.
Fiquei injuriado, pelo simples motivo, de que antes do Woody fazer o cocô e ela pisar, era 'Pitico-daqui', 'Pitico-Dali', e etc. Mas depois que pisou, começou a maltratar, chamando de 'cachorro', como se o tempo inteiro odiasse ele. Eu odeio pessoas que não tenham opnião firme. E já fui jogando na cara.
- Agora é cachorro né? Pq não tem uma opnião só? Como que não da certo cachorro aqui em casa, se a 3 horas atrás o cachorro tava deitado no seu pescoço, ai na sua cama? Tenha uma opnião só, droga. Decida, ou a senhora gosta dele, ou não gosta! Pq o cachorro que a senhora ta falando, já pegou mais amor pela senhora, do que por mim, e agora ta aí, despresando o coitado!
Continuamos a discussão, no qual eu não necessito digitar mais aqui, pois não passou disso. Eu questionando que ela não tinha opnião, e ela questionando o que eu estava falando. Até que ela resolve, de uma hora pra outra, que minha mãe iria levar o Woody embora. O assunto ficou sério, e eu, sem baixar a crina, falava até morrer, que o Woody não sairia aqui de casa. O problema, é que se ela realmente pedisse, minha mãe levaria. A essa altura, o chão já esyava limpo, o Woody comendo, a gente brigando, e eu morrendo de medo de que ela falasse. Mas, como sempre, não me rebaixava, pq eu sabia o que eu ia fazer depois que a briga acabasse. 
E o que eu iria fazer? Horas, o que eu faço todas as vezes que brigamos, e ela me chantagia com algo. Uns 20 minutos depois que a gente ficou sem se falar, sem trocar um 'A', eu me levantei do computador, e fui em direção a ela, com voz de choro, pedindo desculpas, falando que nunca mais vou fazer, que vou cuidar melhor do Woody, etc etc etc. Ela questiona um pouco falando que não adianta, mas logo me pergunta se eu to falando sério. Eu digo que sim, ela dá algumas condições que eu geralmente não sigo. Ela me perdoa, e tá tudo ótimo!
E a noite, com quem é que o Woody dormiu? Na cama de quem que ele dormiu? Pois é, na cama dela, claro! Agora me digam... eu estava errado em falar que ela tem dupla opnião? Não, né? Então!

Nenhum comentário: