sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Matricula na faculdade.

Em meados de outubro, minha cabeça virou e meu encanto por Curitiba acabou. Decidi então que SP era meu lugar, e eu precisava muito ir morar pra lá. No começo minha mãe me apoiou, pagou meu vestibular e tudo mais. Meu resultado saiu, fui APROVADO NA FACULDADE, e depois disso quem virou, foi a cabeça dela. Decidiu que não iria deixar eu ir embora pra SP de jeito nenhum. Foi uma verdadeira luta, pq eu não conseguia entender o pq dela pagar meu vestibular, me estimular, e depois simplesmente me proibir de ir. Foram muitas discussões e raivas, enquanto ela decidia deixar e não deixar por várias vezes. 

Em dezembro, tive que COLOCAR NA MINHA CABEÇA de que eu não iria conseguir ir pra SP mesmo, e me contentar com Curitiba.

Mas foi numa conversa decisiva com meu pai, que eu decidi que minha mãe querendo ou não, eu iria sim pra SP. Meu pai me apoiou em tudo, e eu comecei as preparações. Arrumei os documentos, imprimi o contrato, fiz declaração pro meu pai assinar dizendo que ele tava ciente da minha matricula e etc. Tudo estava indo muito bem, até que lembrei que meu RG e minha certidão de nascimento estavam com a minha mãe. Como eu iria fazer pra pegar essas coisas com ela, sem ela descobrir que era pra eu ir fazer minha matrícula na faculdade? Enfim, sem lenga lenga, liguei pra ela e pedi. E claro, sem dúvidas, ela já veio logo falando pra eu parar com essa ideia de ir pra SP, pq ela não ia deixar, e se eu fosse, ela não ia me ajudar com nem 1 real, e nem o cartão da minha pensão ela ia me dar. Tremi na base, mas era a hora de eu bater de frente com ela, e provar que eu iria conseguir realizar minha maior vontade, mesmo sem ela. 
Continuei atrás de tudo o que eu precisava, e no dia seguinte de manhã ela me ligou, falando que se eu quisesse fazer, era pra mim ir em frente, mas reafirmou que não me ajudaria em nada. Fui então na casa dela, peguei meus documentos, e tudo tava pronto pra ir. Exceto R$100 da matrícula que eu ainda não tinha conseguido. Dicidi ligar pra ela e ver se ela poderia me emprestar, e ela disse que não com todas as letras. Além de me enxer de abobrinhas mais uma vez. Expliquei a situação pro meu pai, e ele deu um jeito e emprestou o dinheiro de um amigo pra que eu pudesse ir fazer minha matricula. Quinze minutos depois de eu ter pego o dinheiro, minha mãe me liga dizendo que tinha arrumado os R$100. Eu disse que meu pai já tinha me dado, e desliguei o celular. Ela simplesmente amoleceu o coração, e eu não sei onde foi parar toda aquela fúria de quem não queria que eu fosse morar em SP. 
Enfim, peguei o primeiro ônibus, as 4 da manhã em Cajati com destino a cidade da garoa, e fui com toda força e coragem fazer minha inscrição. Eu conto detalhes de toda a viagem em um post depois!

Por telefone, a telefonista da faculdade me disse que eu poderia fazer a inscrição apenas com a presença do meu pai, ou da minha mãe. Meu pai aceitou ir comigo, mas dois dias antes de ir ele bateu o carro e acabou que não pode ir. Fiz então uma declaração, meu pai assinou, e levei. Na hora da matricula, eles pediram só meu RG pra poder ver meu nome, data de nascimento e etc.
Na faculdade, foi até difícil achar o lugar pra fazer a matrícula de tão grande que ela é. Na fila, vi que apartir de fevereiro as mensalidades vão poder ser pagas por boleto. Eu tive sorte, pq já vi várias vezes na internet as reclamações das filas no financeiro quando chega o dia de pagar as mensalidades dos cursos. 


Chegou a minha vez, assinei uns 5 papeis, fiz meu pedido pro bilhete único estudantil, e na hora de entregar o dinheiro pra formalizar a matrícula, pensei rapidamente que aquela poderia ser a escolha da minha vida. Será que eu realmente queria aquilo pra mim? Será que era aquilo que eu queria cursar? Enfim, não dava mais pra desistir. Só fui me dar conta que já tava tudo certo, quando o atendente me devolveu o contrato assinado por eles, e me deu boa sorte. Fiquei muito feliz, e aquilo parecia não estar acontecendo. Minha cara de bobo era a maior do mundo. 

No dia seguinte, minha mãe me ligou e perguntou se eu já havia feito. Eu disse que sim, e perguntei o que ela tava achando daquilo. Ela me disse que não podia fazer nada, já que eu estava quase de maior, e não precisava mais dela. Confesso que fiquei com dó. Me pareceu naquele momento que minha mãe realmente tava preocupada em me ver indo embora pra longe dela, mas infelizmente é isso que eu sempre sonhei, e por isso, eu não posso desistir só pq minha mãe não quer que eu saia de casa.

Minha aulas começaram na quarta feira, dia 1, e eu vou contar os detalhes e sobre as minhas primeiras impressões sobre a tão temida faculdade em outro post! Ok?!

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