Tava tudo bem dentro de casa. Minha vó na varanda, fazendo os serviços que ela teima em fazer todo santo dia. Eu no computador, escutando música no último volume, com o Guilherme do lado, usando o note dele. E todos achando que tudo estava muito quieto. O que não é não é mais normal, depois que o Woody chegou em casa!
A última vez que eu tinha visto ele, foi quando ele veio, deu uma mordida mortal no meu calcanhar, eu briguei com ele, e ele entrou na sua caixinha, com a cabeça baixa, que é o que faz sempre que recebe uma bronca. E sabe fazer muito bem. Pois sabe que sempre, 5 minutos depois, eu vou pedir desculpas Pq ele é o cachorro mais fofo do mundo, e não faz asneiras por querer. ok!
Derrepente, minha vó resolve ir esquentar um pouco de comida pra ele, ja que a ração que minha mãe tinha comprado, ele não havia gostado. Ela vai, esquenta, e como sempre, conversando com ele, mesmo quando ele não está perto dela! Logo ela termina, e vem com a comida em direção ao meu quarto, pra colocar onde ficam os potinhos de água e etc.:
- Italo, cade o Cholico. (que é como ela teima em chamar ele).
- Está dentro da casinha dele Vó. E o nome dele, pra lembrar, é Woody!
- Então coloque a comida no potinho dele, pra ele poder comer! E eu não consigo falar esse nome chique que vc deu pra ele. Vou continuar chamando ele de Cholico!
Claro, eu não podia falar mais nada, né?! Apenas coloquei a comida perto da caixinha, e fiquei a espera dele, pra que ele viesse comer. Como todas as vezes que eu coloco a comida pero dele, ele sai imediatamente da caixinha, com o toquinho do rapo balançando, ou tentando balançar, eu achei estranho. Dessa vez ele não fez! Decidi olhar dentro da caixinha, e a surpresa... CADE O WOODY?!
De começo, não achei estranho, ele poderia estar em qualquer cômodo da casa, bagunçando, comendo qualquer coisa que não devia comer, como sempre.
Fui a procura dele, ja que estava chiando um tempo antes, com cara de quem não comia a séculos.
Primeiro olhei debaixo da minha cama, dentro do meu guarda-roupa, no qual ja havia achado ele algumas vezes, no corredor, na cozinha, atrás do fogão, debaixo da pia, no banheiro, na varanda, dentro do cesto de roupa suja, no qual também já havia achado ele, dentro do sofá-cama, que tem uma brecha, e ele poderia ter entrado, voltei na caixinha dele, e nada! Nesse momento o desespero começou a bater. Meu cachorro havia sumido dentro de uma casa com menos de 40 metros quadrados. Isso não era possível. Comecei de verdade a ficar nervoso, e minha vó ja começou a dar sermões que não eram necessários. Acabamos brigando, pq eu não tenho mais paciência de ouvir certas coisas. E durante a discussão e tudo o que poderia acontecer, debaixo de chuva ou sol, eu ainda estava a procura dele, por mais que eu ja tivesse procurado em todos os lugares. Fui até no quintal, próximo a rua, que por mais que pra chegar lá, tivesse que descer uns 20 ou 30 degraus, e que seria difícil, pra ele que não consegue descer nem um. Mas tentei achar. E não achei. Todos estavam com medo, pois ele havia literalmente sumido!
Eu ja havia procurado em TODOS os lugares da casa, que achava possível ele estar! Mas aqui em casa, existe um portal chamado 'Quarto da minha vó'. Lá, vc encontra de tudo. Então, lá, era o único lugar que ele poderia estar, mesmo sabendo que ele teria sofrido pra entrar! Isso pq, ela guarda tudo em caixas, troxas feitas de lençol, e etc. Entrei, com muito medo de ser sugado por algo macabro, e quando estava tirando umas caixas de trás da cama, pra ver se eu achava o ser-cachorro, senti uma coisa arranhando minha perna. Uma pata, que no meu pensamento seria duendes se protegendo. Me virei rapidamento, abaixei, e olhei. Lá estava quem? Adivinhem. O Woody, com uma cara parecida com a da foto abaixo, de barriga pra cima, mordendo um fiozinho, que saia de uma das sacolas mágicas que havia embaixo da cama. Não registrei o momento, pq a única câmera que poderia ter registrado, era a do meu celular, mas se vcs lembram, eu PERDI ELE na quinta passada. O Woody, tenho certeza, tinha se virado, e não iria conseguir desvirar tão cedo. Tirei ele daquele caminho, que se duvidar o levaria a Hogwarts, e o salvei. Trazendo ele novamente pra perto da caixinha e da comida.
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