Dia 28 de janeiro foi o dia mais esperado da minha vida. O dia em que eu 'abandonei' a cidade em que vivi minha vida inteira, e vir pra SP começar uma nova etapa. Dia esse, que fez um mês ontem. E claro, é sobre isso o motivo desse post.
Mudar de cidade, é a coisa mais radical que alguém pode fazer na vida. Tudo ainda fica muito maior, se vc for morar sozinho (O que não foi o meu caso!). Morar em uma cidade nova, centenas de vezes maior que a que vc morava, significa vida nova. Significa que vc não vai poder fazer as mesmas coisas, significa um ritmo novo, pessoas novas, clima novo, enfim, absolutamente tudo novo.
Antes de mudar pra SP, eu vinha até aqui em média 1 vez por ano. E tinha anos que ao menos vinha! Sempre que eu vinha, eu conhecia lugares novos, principalmente depois que fiquei independente, e comecei andar de ônibus, metrô e trem, sozinho. Graças a Deus sempre tive facilidade em encontrar lugares apenas com o endereço em mãos, e fazer várias integrações pra achar caminhos alternativos e mais rápidos. Isso, com toda certeza me ajudou muito, pois agora, preciso sair todos os dias de casa pra ir as minhas responsabilidades sem precisar da ajuda de ninguém.
Minha vida em SP, posso dizer que tá meio rotineira. Por falta de dinheiro não posso ficar passeando sempre que der na telha, pois o custo em transporte aqui é altíssimo. Então, geralmente, é de casa pra facul, da facul pra casa. Mas pode ter certeza, isso não é problema, pois mesmo assim, conheci e vivenciei coisas novas, o que me fez MUITO feliz nesse meu primeiro mês.
Já que falei em dinheiro, vamos ao assunto. Vir morar em SP significa gastar muito, muito mesmo. Se vc não colocar tudo o que vc gasta na ponta do lápis, e ter noção de onde foi parar cada centavo, vc vai ter sinceras dores de cabeça. Experiência própria: No começo, fui gastando, gastando, e quando parava pra contar quanto eu ainda tinha, pensamentos como 'Onde gastei isso?', ou 'Sera que perdi meu dinheiro?' eram totalmente constantes. Depois disso, voltei a marcar tudo o que gastava, como fiz com meu PRIMEIRO SALÁRIO. E claro, voltei ao controle, sabendo o quanto e quando posso gastar, e de vez em quando, saber se posso dar um escorregão (e o tamanho do escorregão) ao gastar em uma coisa desnecessária!
O ritmo aqui é incrivelmente diferente do de Cajati. Mesmo eu estando sem trabalhar, pareço um doido me preocupando com que horas são, por não estar atrasado. A hora passa voando, e faz com que eu me sinta assim. Minha aula na facul começa as 7 da noite, e até hoje, 1 mês depois, eu não sei que horas devo sair de casa. Cada dia é uma surpresa. Trânsito, queda de energia, troca de trem, tumulto nas estações, chuva, ufa. Vc nunca sabe se vai chegar na hora certa onde deve ir! Na pior das hipóteses, sai as 5 da tarde de casa, e cheguei na facul quase 9 horas. Um problema nas linhas fez o trem em que eu estava, ficar parado 40 minutos em uma estação. Pois é, se vc não curte correria, ou lentidão, aqui não é o seu lugar!
Já em matéria de amigos, aqui, pra quem é extrovertido, simpático, e gosta de conversar, é extremamente fácil de arrumar um, ou vários. Eu por exemplo, se fosse manter contato com todas as pessoas que conheci dentro dos trens, ônibus e metrôs, estaria cheio. Na maioria das vezes as conversas começam com alguma reclamação sobre o transporte. A pessoa do seu lado, tenho certeza que vai ter a mesma opinião que a sua, e vai continuar o papo. Claro, ela tmb tem que ser simpática, mas garanto, tirando as excessões, SP é repleto de pessoas assim. Por exemplo na facul, só de perguntar onde era o local, no primeiro dia conheci duas meninas: a Jack e a Thais. No elevador, tmb no primeiro dia, conheci a Barbara, que tmb foi de perguntar algo simples. Já no terceiro dia, conheci a Bruna, que veio me pedir pra ajudar ela achar a facul.
Enfim, se eu me arrependo de ter vindo morar pra cá? NUNCA. Ao contrário, irei me arrepender se um dia voltar pra Cajati. Não que lá seja ruim, mas é que sabe, aqui tem absolutamente tudo o que eu quero: Parques de diversões, cinema decente, shoppings, faculdades, shows internacionais, enfim, lugares pra não me deixar um dia sequer sem nada pra fazer (se eu estiver com dinheiro, é claro!). Um lugar perfeito, onde tudo está reunido nele.
E agora, os agradecimentos (que deveriam estar no post sobre eu ter VINDO MORAR AQUI!): Agradeço primeiro muito a minha vó Nair, que fez de tudo pra que eu viesse; ao meu pai, que me ajudou MUITO a fazer minha matrícula na facul; a minha mãe, que mesmo não querendo que eu viesse, ta me ajudando demais agora que tou aqui; a Gilza, que de cara cedeu a casa pra eu morar (e que infelizmente não deu certo!); e claro, a Deus, que mesmo eu falando que não acredito nele, me segue por todos os lugares que vou!
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